Ter a Lua em conjunção com Plutão em Libra é carregar dentro de si o espelho de Vênus e o abismo de Hades — um reflexo onde o amor e a sombra se entrelaçam num balé silencioso. É a alma que aprendeu, talvez cedo demais, que a harmonia verdadeira não é ausência de conflito, mas o fruto raro que nasce quando a beleza ousa olhar o caos nos olhos.
Essa pessoa sente profundamente tudo o que é relacional. As parcerias não são apenas encontros: são portais de transformação. Cada vínculo mexe em camadas subterrâneas da psique, revelando segredos, cicatrizes e potências ocultas. Há uma busca instintiva por fusão, por intensidade emocional e, ao mesmo tempo, o medo de perder-se no outro — como se cada amor fosse um espelho capaz de mostrar tanto a luz quanto a sombra do próprio ser.
Com a Lua — senhora das marés interiores — fundida a Plutão, senhor das metamorfoses, as emoções oscilam entre o êxtase e a purificação. O coração libriano deseja a paz, o equilíbrio e o belo; mas Plutão exige que essa paz não seja superficial, e sim conquistada através da verdade, mesmo que doa. É um aprendizado constante de amar sem manipular, entregar-se sem se anular, renascer após cada perda.
Nessa alma, a ternura e o poder caminham juntos. A doçura libriana se reveste de magnetismo; o olhar acolhe, mas também penetra. O dom está em usar essa profundidade emocional como arte — transformar o drama em beleza, a dor em compaixão, o desejo de controle em capacidade de cura.
Quem carrega Lua e Plutão unidos em Libra é, em essência, um restaurador da harmonia perdida, alguém que nasceu para reconciliar opostos — dentro de si e entre os outros. Sua missão é provar que o amor verdadeiro não teme as sombras, porque sabe que é nelas que o ouro da alma se forma.
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